quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ponto de Vista


Sempre quis começar uma estória com "Era uma vez". Mas é que achava tão infantil...e tão comum. Parecia que ia narrar um conto da caronchinha.

Eis que, num súbito momento, como se emergisse em minha mente, três palavras aleatórias, brincando de gangorra: " Era uma vez"


Era uma vez um garoto triste que havia perdido seus pais em um naufrágio. Herdou uma voluptuosa fortuna.

Mas como um garoto de 10 anos poderia se vislumbrar com tanto dinheiro se ainda não tinha a audácia da ambição?

Ele só queria um coleguinha. Alguém que o distraísse "abicorando" petecas, deixando a bola cair na casa da vizinha ou mesmo rindo em frente à Tv, acompanhados de biscoitos recheados.

Conheceu o Pequeno Stonner e achou que havia encontardo uma amigo...uma salvação.

Até que um dia...

- Não fique assim...tão triste - disse o Pequeno Stonner - Eu sei muito bem como se sente...

- Sabe?! - perguntou o surpreso garoto com os solhos cintilantes em busca de compreensão.

- Sei... Uma vez meu gato caiu na piscina...Ele morreu afogado!


Conclusão: o que nós sentimos é só nosso. Não devemos buscar compreensão nos pensamentos alheios. Ninguém saberá nunca como nos sentimos de verdade quando algum fato, não nos mata, mas nos deixa acabados.

Não acreditemos quando alguém quiser nos compreender com falsas palavras.

Boas intenções às vezes machucam.

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