quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Coisas que não se entendem...



Em 1927, no Brasil Colonial, o Tribunal de Santa Inquisição fora mandado visitar a cidade do Rio de Janeiro, afim de averiguar e punir os "pecadores" - aqueles que não seguiam os dogmas católicos.

Uma prática comum era a manipulação de elementos naturais - vegetais, folhas, etc - como medicina, na época. A Igreja Católica chamava isso de Feitiçaria.

Numa de suas andanças, o Inquisitor Manoel Porto encontrou uma " Feiticeira" numa vila afastada da cidade do Rio de Janeiro. Iria torturá-la por essa prática "moralmente condenável".

Contudo, por um lamentável infortúnio, fora mordido por uma cobra venenosa e ficou muito mal.

Não havendo outra possibilidade de Cura, já que estava afastado da cidade, Manoel Porto lançou sua vida nas mãos da feiticeira que condenava.

O Inquisitor curou-se, e , sem delongas, cumpriu brilhantemente seu trabalho: Torturou a mulher que salvara sua vida.
A Feiticeira.

Ps.:Existem coisas que realmente não têm explicação. O desejo humano de ser o melhor a desempenhar sua função, põe em cheque o que deveria ser um pré-requisito dessa raça: O amor ao próximo.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Terra do Nunca









Foi assim...repentinamente que me surgiu a idéia ou o devaneio de encontrar o meu eu perdido em algum lugar.

Não sabia por onde começar a procurá-lo e nem tinha a certeza de achá-lo. Só queria mergulhar na profunda fonte da Busca. E o meio de transporte mais eficaz é a imaginação

Numa auto-analise, talvez não tenha encontrado a mim mesmo. Encontrei algo maior. Uma terra. Uma terra Particular. Uma Terra que não Existe: A terra do Nunca.

Como posso ter encontrado um lugar que não existe, mas que se encontra dentro de mim?!

Ele é amplo. Sua presença não depende de sua existência. É infinito. É a fonte do meu escapismo. Escapismo de mim mesmo: o meu outro eu.

Lá, a minha imaginação não tem limites. Posso tudo o que eu quero. E quero tudo o que eu não poderia fazer se não estivesse lá, na Terra do Nunca.

Me liberto. Me atrevo. Ouço a minha voz. Faço o que eu quero. Não tenho medo de muita coisa.

E um lugar que não existe pode me dar esse poder, essa vontade?!

Pode!!

Mas no fundo eu sei que tudo é um grande devaneio.

É a idéia de ter o que não se pode e o que não existe.

Quando eu quero, eu crio.

Já ouvi dizer que alguém inventou a Terra do Nunca antes de mim. É verdade. Eu não a criei, apenas a reformulei do meu jeito, no meu mundo.

Todos têm uma Terra do Nunca escondida...mesmo que não saiba que aquele lugar onde você é VOCÊ MESMO, é assim chamado.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ímpeto de princesa na torre tentando ser salva por um príncipe encantado?! Não...

Amadureci um monte. Mas ainda cultivo, por mais que não goste da idéia, um devaneio idílico. Sabe, aquela vontade de encontrar uma outra história que se encaixe com a minha.
Meus momentos de reflexão são praticamente diários. Passo praticamente uma hora dentro do ônibus, e, é lógico que não desperdiço meu tempo sem fazer algo construtivo. Daí o desejo de pensar sobre a vida. Meus momentos de filosofia acontecem quando olho pro nada.
Não sei se estou levando minha vida da maneira correta. Não sei se minhas atitudes são certas. E, sinceramente, tenho medo de que esteja falhando em algo, e que esse algo influencie no meu “futuro”.
Fico, dentro do ônibus, imaginando coisas e relembrando outras.
Certa vez um rapaz, até de beleza agradável, sentou ao meu lado. Tive a certeza que ele queria conversar, afinal, passar minutos dentro do ônibus de boca fechada não é nada fácil. Seu comportamento indicava que ele queria puxar assunto. E eu, na minha suprema individualidade, escutava música. Até que...ele desceu! Depois fiquei pensando...será que se eu tivesse tirado o fone do ouvido minha vida poderia mudar? Será que ele era uma pessoa que futuramente poderia ter tido algum significado pra mim? Será que deixei escapar uma grande história?

Não sei e nem saberei responder. Haveria duas hipóteses: ele poderia ser uma grande pessoa ou poderia ser uma péssima pessoa. E, relevando a segunda hipótese, certamente me livrei de uma futura decepção. Logo, parei com a minha paranóia do senso comum.
Agora estou mais...digamos que "Light". Descobri que as coisas simplesmente acontecem ou não. Vai saber do futuro...Ninguém sabe...nem mesmo a Madame Delamare!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

"Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra..."

Me permite mudar o final?! É? Então tá!!

" Tinha uma Pedra no Meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
E eu chutei ela com toda a força
Ela se quebrou ao meio
E nunca mais se atreveu a ficar no meio do MEU caminho.
Não tinha uma pedra no meio do caminho
No Meio do caminho não tinha uma Pedra"

Poesia Modernista: Não tem nada com nada. Mas diz muito mais do que qualquer parnasiana engomadinha. ^^

Ufaa!! Meu pé nem tá doendo!