
Juvenal.
86 anos.
Ex-combatente da 2º Guerra Mundial. Lutava contra o exército de Hitler que amedrontava a todos, os não-alemães. Gozado, Hitler era Austríaco.
Seu Juvenal, apesar de seus longos e incansáveis anos de vida, continua o mesmo de 50 anos atrás: garoto forte (sim, garoto... o corpo perde a juventude, mas a alma só tem a ganhar), intrépido, rígido, insensível, um típico militar, que usa como argumento as perdas em campo.
Diz ser um homem honesto (aqui vou deixando o adjetivo “garoto”). Parece-me ser também.
Faz questão de me mostrar todas suas condecorações. Foi um profissional importante, aclamado.
Mas não sei... Não sei o que aconteceu! Qual terá sido o motivo de sua solidão?!
Mora sozinho. Numa casa enfeitada de quadros. Só os fantasmas do passado vem visitá-lo, assombrando-o com lembranças remotas.
Suas filhas não o visitam. Ele diz que não quer vê-las.
Quer sim.
Sua esposa foi embora. Ela não se conformou com suas leis intransigentes, depois de 26 anos do "até que a morte nos separe".
Toda noite, pega seu banquinho e senta em frente à sua casa. Costuma olhar o movimento na rua que não é tão intenso.
Ele gosta mesmo é de conversar. Foram necessários apenas dez minutos para ele começar a me contar toda sua história. Queria falar, e eu, ouvir, assiduamente.
Disse-me tantas coisas. Mas nenhuma me fez refletir tanto como aquela, que veio pronta para mim, só para mim, naquele momento.
“Tenho 86 anos, não ouso planejar mais 20. Na nossa idade, tudo gira em torno da experiência. Na sua, da expectativa.”
Só isso.
Foi o bastante para eu ver que ainda tenho chances de mudar o Sistema.
Sim, tenho!
Vou viver o bastante para fazer com que aquele velho modo de se acostumar com as coisas, legitimando-as, torne-se também obsoleto.
Quando pensamos que já sabemos o bastante...vem um amontoado de coisas novas que nos fazem ver que somos uma centelha diante da imensidão dos fatos.
Que Seu Juvenal tenha mais 100 anos.
E que se torne o Homem mais antigo do mundo!
Seu Juvenal, apesar de seus longos e incansáveis anos de vida, continua o mesmo de 50 anos atrás: garoto forte (sim, garoto... o corpo perde a juventude, mas a alma só tem a ganhar), intrépido, rígido, insensível, um típico militar, que usa como argumento as perdas em campo.
Diz ser um homem honesto (aqui vou deixando o adjetivo “garoto”). Parece-me ser também.
Faz questão de me mostrar todas suas condecorações. Foi um profissional importante, aclamado.
Mas não sei... Não sei o que aconteceu! Qual terá sido o motivo de sua solidão?!
Mora sozinho. Numa casa enfeitada de quadros. Só os fantasmas do passado vem visitá-lo, assombrando-o com lembranças remotas.
Suas filhas não o visitam. Ele diz que não quer vê-las.
Quer sim.
Sua esposa foi embora. Ela não se conformou com suas leis intransigentes, depois de 26 anos do "até que a morte nos separe".
Toda noite, pega seu banquinho e senta em frente à sua casa. Costuma olhar o movimento na rua que não é tão intenso.
Ele gosta mesmo é de conversar. Foram necessários apenas dez minutos para ele começar a me contar toda sua história. Queria falar, e eu, ouvir, assiduamente.
Disse-me tantas coisas. Mas nenhuma me fez refletir tanto como aquela, que veio pronta para mim, só para mim, naquele momento.
“Tenho 86 anos, não ouso planejar mais 20. Na nossa idade, tudo gira em torno da experiência. Na sua, da expectativa.”
Só isso.
Foi o bastante para eu ver que ainda tenho chances de mudar o Sistema.
Sim, tenho!
Vou viver o bastante para fazer com que aquele velho modo de se acostumar com as coisas, legitimando-as, torne-se também obsoleto.
Quando pensamos que já sabemos o bastante...vem um amontoado de coisas novas que nos fazem ver que somos uma centelha diante da imensidão dos fatos.
Que Seu Juvenal tenha mais 100 anos.
E que se torne o Homem mais antigo do mundo!