
Foi assim...repentinamente que me surgiu a idéia ou o devaneio de encontrar o meu eu perdido em algum lugar.
Não sabia por onde começar a procurá-lo e nem tinha a certeza de achá-lo. Só queria mergulhar na profunda fonte da Busca. E o meio de transporte mais eficaz é a imaginação
Numa auto-analise, talvez não tenha encontrado a mim mesmo. Encontrei algo maior. Uma terra. Uma terra Particular. Uma Terra que não Existe: A terra do Nunca.
Como posso ter encontrado um lugar que não existe, mas que se encontra dentro de mim?!
Ele é amplo. Sua presença não depende de sua existência. É infinito. É a fonte do meu escapismo. Escapismo de mim mesmo: o meu outro eu.
Lá, a minha imaginação não tem limites. Posso tudo o que eu quero. E quero tudo o que eu não poderia fazer se não estivesse lá, na Terra do Nunca.
Me liberto. Me atrevo. Ouço a minha voz. Faço o que eu quero. Não tenho medo de muita coisa.
E um lugar que não existe pode me dar esse poder, essa vontade?!
Pode!!
Mas no fundo eu sei que tudo é um grande devaneio.
É a idéia de ter o que não se pode e o que não existe.
Quando eu quero, eu crio.
Já ouvi dizer que alguém inventou a Terra do Nunca antes de mim. É verdade. Eu não a criei, apenas a reformulei do meu jeito, no meu mundo.
Todos têm uma Terra do Nunca escondida...mesmo que não saiba que aquele lugar onde você é VOCÊ MESMO, é assim chamado.